Vida Pregressa

Foto Marina Alves

Foto Marina Alves

Spirito Santo

Músico e pesquisador e escritor, 72 anos, estudou teoria musical em curso dirigido pelo Maestro Guerra Peixe. Projetista de Arquitetura formado pelo Senai, Escritor , Artesão e Arte educador.

Criou no Rio de Janeiro em 1975 o grupo de pesquisa etnomusical Vissungo, realizando ampla pesquisa de campo, coletando e elaborando material da música negra tradicional, do interior dos estados de Minas Gerais, Espírito Santo, Bahia, e São Paulo e especializando-se em música africana na Diáspora e artesanato musical.

Músico, compositor, realizou com o Vissungo a trilha sonora dos filmes Chico Rey, de Walter Lima Júnior e a música de cena em Natal da Portela, de Paulo Cesar Sarraceni, entre outros. Gravou discos com Milton Nascimento, Wagner Tiso, Tetê Espíndola e Clementina de Jesus.

Trabalhou como músico e professor em Viena, Áustria, entre 1989 e 1993, aprofundando estudos sobre música africana e participando de espetáculos, shows e concertos em diversos países da Europa, entre os quais uma série de shows no norte da Itália (Modena, Corregio, Bologna, etc.), para o Festival Internacional de Cultura do Jornal L’Unitá (1990) e um show beneficiente para a Unicef no UNO Center (Viena), sob a promoção do African Society, entidade representativa dos funcionários africanos da ONU na Europa

De volta a Brasil, integrou a equipe de coordenadores de Animação Cultural da Secretaria Especial de Educação, idealizada e dirigida pelos professores Darcy Ribeiro e Cecília Conde, de 1993 e 1995, coordenado a dinamização cultural dos Cieps de 13 municípios do Sul do Estado do Rio de Janeiro (Vale do Paraíba do Sul)

Prestou assessoria cultural em programa de reflorestamento de encostas em áreas de risco (favelas) para o Instituto Estadual de Floresta (IEF) em 1994. Leciona na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) desde 1995  onde criou e coordena o projeto de extensão universitária Musikfabrik, havendo exercido a direção musical de projetos artístico-culturais da universidade entre os quais espetáculos do Núcleo de investigação Teatral da UERJ, e o Animagem , projeto de cinema de animação do Centro de Tecnologia Educacional da universidade, (veja o filme ‘ A Lenda do Dia e da Noite’ do qual é também o autor da trilha sonora).

Lecionou de 2012 a 2016 no Espaço Cultural Escola Sesc  no Rio de Janeiro, instalando ali mais um curso Musikfabrik. Orientador de cursos especiais e work shops junto ao programa Degase e a Universidade do Norte Fluminense (UENF), entre outros. Coordenou em 2003, junto a Ação Comunitária do Brasil (ACB/RJ) no complexo de favelas da Maré (Vila do João) o Projeto Diamante Negro voltado para a inclusão social de emigrados e refugiados angolanos no Brasil, através da inserção de sua cultura (música, dança e teatro) no âmbito da cultura brasileira em geral.

Sempre atuando como coordenador e principal orientador de cursos de formação de músico-artesãos, atuou para o antigo programa do governo federal Comunidade Solidária- 1998,1999, 2001) e recentemente para o Sesc/RJ e o projeto TIM música nas escolas. Realizou também junto a ONG Kinderland Brasilien de Colônia, Alemanha, o projeto de feitura, por parte e jovens brasileiros (da comunidade Cidade Alta), de instrumentos musicais adaptados ás necessidades motoras de crianças alemães portadoras de necessidades especiais.

Realizou até recentemente (dezembro de 2008 ) com seu Musikfabrik  trabalhos de iniciação musical para crianças das favelas do chamado ‘Complexo do Lins’ junto á Obra Social da Prefeitura do Rio de Janeiro (SMA), para o Ministério da Educação do governo brasileiro (projeto ‘Escola de Fábrica‘) e Ministério do Trabalho e Emprego (Programa Nacional do Primeiro Emprego), integrados por adolescentes das comunidades do Morro da Mangueira e da Cidade de Deus, no qual pratica ações voltadas para a promoção de cooperativas integradas – e geridas – por estes jovens e demais ações voltadas para a sua inserção no mundo do trabalho.

Diretor artístico (teatralização de manifestações de cultura tradicional) em Julho de 2009 do Cortejo das Tradiçõesgrande festa popular com a participação de diversos grupos culturais do Vale do Paraíba do Sul, RJ (Jongos, Folias de Reis, Calangos, etc.), espetáculo de encerramento do Festival do Vale do Café grande evento de turismo cultural que ocorre na cidade de Vassouras. Um dos ganhadores do Prêmio ‘Interações Estéticas’  Funarte 2010, fez residencia artística no ponto de Cultura do MinC ‘Reciclagem, Misancén e Músic’ em Realengo, zona Oeste do Rio, implantando a metodologia Musikfabrik no local. Realiza ainda em 2010, por iniciativa do departamento Cultural da Uerj a exposição de instrumentos musicais de seu trabalho como artista visitante da Universidade e de projeto Musikfabrik que comemora 15 anos de atividade.

É autor do ensaio etnomusicológico ‘Do  Samba ao Funk do Jorjão – com prefácio de Nei Lopes (primeira edição- 2011) e Carlos Palombini (segunda edição – 2016) – que aborda reflexões gerais acerca das origens e dos significados do Samba, à luz de algumas das características mais evidentes de sua evolução através do Tempo e do Espaço. Escreve ou escreveu artigos, resenhas, crônicas e contos, notadamente, para os sites Overmundo (Brasil), Portal Literal e Mwangolé (angola), Academia.edu e Scribd. 

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10 respostas em “Vida Pregressa

  1. Adorei o seu CV! É super interessante!É um homem de muito valor, não só pelo que sabe, mas pelo que partilha, ajudando comunidades com sua obra sócio-cultural! Parabéns!

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  2. Olá, Spirito Santo, tudo bom?

    Semana passada eu e uma colega tivemos o prazer de entrevistá-lo a respeito do projeto MusikFabrik, que você mantém aqui na Uerj. Venho informar que a matéria feita a partir dessa entrevista já está no ar no site http://www.noticiasdavila.uerj.br.

    Muito obrigada pela gentileza de ter falado conosco.

    Abraços

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  3. Oi Spirito. Estou desenvolvendo um projeto rádio documentário sobre indios, quilombos e sustentabilidade. Gostaria muito de entrevistá-lo. Me faria essa gentileza?
    Caso seja possível, peço que me envie seus contatos por email.
    Antecipadamende agradecido, Sidney Ferreira.

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  4. Isabela,

    A única pessoa que me ocorre agora é o Roberto Moura, autor de ‘Tia Ciata e a pequena África no Rio de Janeiro’. Conheço ele, mas não o vejo há anos e não tenho, infelizmente o endereço. Sei que ele mantinha um escritório de sua firma de cinema na Praça Tiradentes no Rio, a ‘Corisco filmes. Se o encontrar, pode falar em meu nome.

    Abs

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  5. OI, estou pesquisando sobre a regiãõ da Pequena África, no centro do Rio de Janeiro e gostaria de saber s epode indicar jornalistas e pesquisadores para uma entrevista. Obrigada.

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  6. Fala Espirito! como está? vou passar ai na UERJ qualquer dia. Um grande abraço.

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  7. fala espirito santo !! eu sou filho do sérgio lemos, já nos conhecemos algumas vezes… eu faço história na PUC, agora to no mestrado, to com umas idéias subversivas de “negro ingrato”… hehehe li seu debate no over mundo sobre bossa, musica e historia.
    bem, to a fim de explorar vc ! quero falar exatamente dessa mistificação da Bossa Nova… e o samba? não se modernizou? pra mim é tática de consumo da elite, tornar palatável o samba “macumbológico” aos ouvidos do leblon !!
    pablodeoliveirademattos@gmail.com se puder me escreva !! abraços fortes

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  8. Spirito, bom dia.
    Sinto-me muito honrada por conhecê-lo, ainda que virtualmente e por partilhar o mesmo espaço que o seu no Overmundo. E isso não é elogio vazio porque quanto mais conheço sua história, mais o admiro pelo talento e pelo trabalho maravilhoso que você realizou e realiza.
    Só um porém: não mencionou que também é poeta (risos).

    beijos, boa semana para você

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