A Síndrome do Gueto

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Foto: Escravidão século 19 – Biblioteca do Congresso dos EUA

Movimentos ‘Brancos’ ou Movimentos ‘Negros’? Teorizando sobre mazelas sociais indizíveis

Sei lá porque (acho que é um trauma do colégio interno ou da prisão), maior baixo astral, mas o fato é que sempre penso nisto e senti agora mesmo um impulso incontrolável de falar com alguém sobre o assunto.

O Gheto de Varsóvia é a referencia mais vívida e emblemática: Na circunscrição daquele espaço cercado pela polícia nazista, um microcosmos social transbordando de psicopatias e neuroses sobre as quais, até hoje, ninguém quer falar.

O clima é de urgência. Cada dia é um dia. Sabiam, mas agora ninguém sabe mais, exatamente como é ‘lá fora’, o que ocorre ‘lá fora’, a dimensão e a natureza terrível do que está por vir.

Os colaboracionistas com tarjas identificativas nos braços; uns servindo de polícia, controlando os próprios vizinhos, outros se ocupando do tráfego de carroças e pessoas, da distribuição de comida, todos pensando que vão conseguir se safar, salvar a si e a família pelo menos da fome e por isto fazem jogo das tropas de ocupação.

Políticos espertos (até alguns líderes religiosos) na pele de agentes comunitários ‘um-sete-uns’ criam ou dirigem instituições – muito parecidas com as ONGs modernas – que intermediam informações trocadas por indignas migalhas ou mesmo pela honra, pela moral, por valores que deveriam ser inegociáveis, enfim.

No fundo não passam de atenuadores de conflitos que cumprem apenas o papel de cobrir com ‘panos quentes’ a indignação e a ânsia de revolta que grassa o pensamento das pessoas.

O Gheto é isto: De um lado a submissão conformada da maioria e do outro a resistência louca de um punhado de insanos suicidas que pega em armas por alguma razão.

(E aqui o olhar servil e malvado do camponês denunciando o esconderijo de Che Guevara na selva da Bolívia é a lembrança mais pungente)

É que nestes casos denunciar os rebeldes vira uma mercadoria valiosa. Vale um queijo, um pouco de presunto, uma garrafa de vinho. Como condenar, censurar os que se submetem a isto, os que se aviltam para tentar sobreviver? Uns mais ardilosos e canalhas até que se dão bem. Chegam até a enriquecer um pouco – isto se considerarmos o pouco que é necessário para se sentir rico num ambiente miserável como este.

No fundo a maioria compactua, abaixa a cabeça e se submete. Nem se dá conta da eventual imoralidade de seus atos, da iniquidade de sua traição àqueles semelhantes que se rebelaram e que por isto irão, com toda certeza morrer.

Na verdade, a esta maioria, se lhe fosse dada a chance de escapar, não saberia nem mesmo para onde ir, porque ir, tão envolvida que está pela propaganda viva, pulsante nas coisas descritas pelo momento, pelo dia a dia.

_‘As coisas que são o que são e está acabado’_ É o que toda maioria diz.

Adaptada às circunstâncias, aprisionada em si mesma, a maioria presa fácil da Síndrome do Gueto.

Não lhe parece familiar este filme?

…Não. Não falo deste filme colorido de Hollywood. Falo daquele nosso filme íntimo real e brasileiro que está em cartaz num cinema bem perto de você.

(Pronto. Se já não sabia, você agora sabe muito bem do que estou falando. Podemos enveredar então pela outra ponta do assunto).

Enunciado completo da questão:
Entranhas da estranheza. Sintomatologia

Síndrome: Distúrbio ou doença – individual ou social – contingência irrecorrível, estado de coisas anormal, conjuntura aguda, quase inescapável, a qual um indivíduo ou um grupo social está acometido, caracterizada pela conjunção de um número determinado de fatores, especialmente articulados que, condenam o indivíduo e/ou o seu grupo a um destino indesejado e quase sempre inexorável. Exemplos:

  • Distúrbios ou doenças individuais: Aids (Síndrome da Deficiência Imunológica Adquirida), Síndrome do pânico, distúrbios psicológicos ou neuro-químicos em geral, esquizofrenias, psicopatias diversas (Síndrome de Estocolmo, aquela do sequestrado tomado de admiração pelo sequestrador).
  • Distúrbios ou doenças sociais: Analfabetismo, carência alimentar (subnutrição), alienação cultural aguda (aculturação)… Racismo, etc.

Gueto: Espaço restrito, físico ou simbólico, para o qual foi alijado ou no qual, deliberadamente foi confinado um grupo social, que por este intermédio passou a ficar isolado, de um lado de seu meio social e/ou cultural original e, de outro lado, isolado também do convívio com a sociedade em geral, vista de forma ampla.

Esta subjugação do grupo confinado neste gueto, neste espaço de exclusão, se dá por força de dispositivos do mesmo modo físicos, concretos (tal como muros ou cercas de contenção, repressão policial, etc.) ou simbólicos, mentais (tais como campanhas sistemáticas de difamação, privação de acesso à educação formal, procedimentos segregacionistas abertos ou dissimuladas, racismo, etc.).

Muito eficientes ao longo do tempo, estes dispositivos, geralmente impostos por um grupo social hegemônico por força de forte pressão psicológica e expedientes culturais subliminares os mais diversos, muitas vezes acabam sendo até mesmo tolerados, aceitos – ou passam despercebidos – por aqueles que, expostos a eles durante muito tempo, acabam subjugados por muitas gerações.

Síndrome do Gueto: Estado mental ou comportamental manifestado por indivíduos submetidos às condições gerais e especiais acima citadas, principalmente no campo de suas relações psico-sociais e culturais, marcadas indelevelmente pelas consequências nefastas do prolongado isolamento ao qual o grupo está ou esteve submetido.

Espécie de circulo vicioso, este estado de coisas impede ou dificulta aos indivíduos destes grupos (e até mesmo às associações de indivíduos criadas para defender seus interesses) a compreensão da natureza complexa de seus problemas, a ponto de dificultar o encontro de soluções eficientes que possam efetivamente romper o estado de coisas estabelecido, tornando estes indivíduos ou grupos, presas fáceis, quase cúmplices da manutenção ininterrupta de seu estado de subjugação.

Tratando-se de um estado de coisas de natureza social, embora anômalo, ou seja, do ponto de vista das regras básicas do conceito Humanidade, um estado de coisas injusto, a Síndrome do Gueto pode ser vista como sendo uma nítida política de exclusão social, deliberada, perpetrada por certos grupos ou classes sociais contra os outros, com o intuito de subjugá-los, justificando, plenamente o ensejo e o direito dos grupos prejudicados, por meio do estudo meticuloso de sua condição de excluídos, de buscar estratégias (que são a princípio políticas já que, em casos mais agudos, até mesmo estratégias para-militares ou violentas podem ser necessárias) para quebrar o jugo dos hegemonistas.

Exemplos emblemáticos de grupos sociais afetados pela Síndrome do Gueto ao longo da história:

  • Hebreus ou Judeus subjugados por egípcios no tempo dos faraós
  • Indigenas norte-americanos – e sul americanos – e africanos de diversas etnias subjugados pelos colonizadores brancos nas Américas e na África nos século 18 e 19, confinados em reservas ou territórios militarmente controlados
  • Fazendas de escravos nas Américas (como as de algodão nos EUA ou as do ciclo do café brasileiro)
  • Judeus aprisionados em guetos de criados pelos nazistas na segunda guerra mundial (como o Gueto de Varsóvia)
  • Emigrantes contidos em bairros de deserdados (como o velho Harlen de Nova York), etc.
  • Populações aprisionadas em Guetos e ‘bantustões’ implantados pelo governo racista da África do Sul durante o regime do Apartheid (como Soweto)
  • Palestinos subjugados pelo estado israelense na faixa de Gaza
  • Euro-muçulmanos subjugados – e massacrados- por sérvios e croatas na partilha nacionalista da ex-Iuguslávia.
  • Negros e nordestinos alijados para morar em ‘Morros’, ‘Favelas’, ‘Comunidades’e ‘Complexos’ de pobres no Rio de Janeiro, Brasil

O conceito, portanto está lançado. Este é, pois o tema proposto: a análise meticulosa da natureza desta síndrome em todas as suas nuances e melindres, afim de que se escape da armadilha estratégica que o combate ao racismo no Brasil parece estar confinado.

A luta contra o renitente racismo à brasileira estaria de algum modo, comprometida, travada por esta síndrome? Toco no assunto só de relance abaixo.

Anos de chumbo. A clausura impregnada em nós

Nos tão bem lembrados – e em certa medida saudosos – anos 70, a questão só assumiu contornos de emergência revolucionária para uns poucos. Lutar contra a ditadura era uma necessidade indiscutível e inadiável sim, prioridade absoluta para aquela parcela bem pensante de nossa sociedade, mas lutar contra o racismo não.

Tabu embutido no discurso da esquerda brasileira o tema foi, ora discretamente omitido, ora desestimulado com veemência, tratado como uma questão menor, ‘reacionária’ até, que só serviria mesmo para… ‘atrasar’ a luta.

Refletindo já a visão distorcida – que, aliás, predomina sobre o assunto até hoje – sendo a maior parte desta camada ‘bem pensante’ composta por pessoas auto declaradas ‘brancas’ (ninguém parava para pensar – ou fingia não saber – porque diabos a sociedade brasileira estava dividida assim).

O fato é que a discussão sobre o racismo era considerada, francamente secundária, ‘superestrutural’ como se dizia, quase um estorvo diante das grandes e sagradas questões nacionais.

(Não devia ser assim, mas pimenta nos olhos dos outros sempre foi refresco).

Como estaria se dando em Cuba e em outras mais longínquas plagas, o socialismo tão ansiado, assim que implantado por aqui, naturalmente se incumbiria de anular as eventuais e prosaicas (residuais para muitos) divergências raciais.

Justiça social total e automática. Esta era a utopia que parecia a verdade mais líquida e certa deste mundo. Dá até angústia pensar hoje em dia na solidão dos minguados velhos militantes negros da ocasião, calejados de exemplos frustrados desde a mal ajambrada abolição da escravatura.

Melancólicas lembranças daquele malhar em ferro frio do pessoal do Teatro Experimental do Negro nos anos 40/50, dos vetustos senhores da Frente Negra Brasileira dos anos 30, ingênuos quase comunistas, quase integralistas, vendo uma após outra as gerações de negros, filhos, netos, passarem a juventude inteira sem referências ideológicas válidas, curtindo a incômoda sensação de que, para vencer a barreira quase invisível do racismo o jeito mesmo era buscar uma saída individual, sem tocar publicamente no problema, sublimando-o na subserviente crença de que, estudando o negro chegaria ‘’.

_’Lá onde?’_ Pensavam e esbravejavam minguados rebeldes como Solano Trindade, Abdias do Nascimento, Olímpio Marques dos Santos e uns poucos outros mais.

Eu mesmo, jovem militante subalterno de algumas poucas lutas puramente sociais, tomado por esta mesma negação do problema racial que não via ou não queria ver, me ressentia calado da subestimação com que as lideranças tratavam do problema que eu, mesmo sem assumir frontalmente, percebia estar grudado em nós como craca em casco de navio, enrustido em todas as relações que se estabeleciam entre as pessoas no Brasil, independentemente delas serem da ‘esquerda’ ou da ‘direita’.

Líamos o mesmo Karl Marx, mas, entendíamos marxismos diferentes. Como nas teses originais do alemão, inspiradas que foram na realidade européia, a questão do racismo não aparecia claramente expressa, os mais brancos de nós interpretavam o racismo como sendo uma espécie de problema cultural apenas subjacente, estritamente brasileiro, passível de fácil remédio com programas sócio educacionais pontuais.

Nós, os mínimos – embora mal letrados – quase marxistas negros do pedaço, não nos arvoraríamos jamais de, aquela altura dos acontecimentos, corrigir semelhantes filigranas nas teses do ‘mestre’ do materialismo dialético.

A chapa estava quente demais. As pessoas morriam de verdade, envolvidas naquela aventura. Amargavam as dores todas da cadeia, da tortura. Perdida de antemão, sabemos agora, contudo que aquilo era luta mesmo, luta à vera, gritariam para nós nas assembléias, se ousássemos levantar a voz para propor qualquer aprofundamento da questão.

Contudo, o exemplo mais candente da relevância deste ressentimento era facilmente perceptível na condição subalterna a que eram relegados os gatos pingados negros da ‘organização’.

Para ‘Uns‘ tarefas subalternas, posições subalternas até num simples ‘comício relâmpago’, práticas nas quais os ‘Outros‘ (às vezes – pasmem! – vestindo ternos de ‘tweed’ em pleno verão carioca) nas portas das fábricas faziam os prolixos discursos incitando greves contra os ‘patrões exploradores da mais valia operária’ enquanto que os  ‘Uns‘, disfarçados de mendigos, operários ou camelôs, entravam mudos e saiam calados, fazendo a ‘segurança da ação’, prontos a, se fosse o caso, segurar o trem pesado da repressão.

(Desnecessário se dizer no caso quem eram ‘uns’ e quem eram os ‘outros’).

Para cada tempo um fundo sentimento
Ser negro naqueles anos de chumbo

Fortes, intrínsecas e renitentes as premissas básicas do Racismo à brasileira já apareciam ali, claríssimas, só os cegos (os que não queriam ver) não viam. O símbolo mais evidente do caráter doentio desta renitência podia ser simbolizado por aqueles militantes ‘revolucionários’ que, sabia-se à boca pequena, quando ainda não ingressos na clandestinidade, mantinham empregadas domésticas em suas próprias casas.

Dizem até que alguns contratavam discretas arrumadeiras diaristas para limpar os ‘aparelhos’, limitando-se apenas a tratá-las como ‘iguais’, vez por outra as brindando com pequenos regalos e exortações à conscientização de seu papel de escravas dos ‘outros’ (por suposto, nunca ‘deles’).

Talvez tenha sido por isto que aquele renovado Movimento Negro dos anos 70, aparentava já na sua origem, aquela forte vocação ‘Black is beatifull’, curtindo mais Lhuter King do que Malcom X, tendendo mais para o fashion ‘Black Power’ do que para o enfático ‘O Negro no Poder’.

Subestimando por julgar arcaica e ‘out‘ cultura dos nossos avós sambistas, alguns de nós ignoravam ou repudiavam do mesmo modo, o caráter francamente racista da ‘juventude branca’ de esquerda, que de forma vanguardista propunha uma revolução social rumo a uma sociedade sem classes.

‘Renegar o velho‘, ‘renegar o branco‘, estas eram as palavras de ordem subentendidas em algumas de nossas falas. E daí como consequência o efeito terrível: Aculturados, misturamos assim alhos com bugalhos.

Foi incrível, mas cega pela aversão ao racismo renitente e enrustido dos ‘movimentos brancos‘, esta parte mais proeminente da militância negra parece que foi perdendo também o sentido de sua luta, o foco de seus próprios interesses sociais mais evidentes, ao negar – como uma pequeno-burguesia destas bem egoístas e chinfrim– o eterno sonho da revolução social, mesmo quando ela já estava sendo feita, exatamente por exemplares sociedades negras contemporâneas, aquelas mesmas antepassadas diretas dos negros do Brasil (Angola, Moçambique, Cabo Verde, Guiné Bissau).

(Aliás, quem por aqui se importava com Nelson Mandela na década de 70?)

Zumbi por certo, nestas horas, se revolvia no túmulo ultrajado por ter seu revolucionário nome evocado em vão (isto sem se falar no mesmo revolver do corpo do Oswaldão do Araguaia).

As ideias de libertação sócio racial, na luta de todos para todos (do vitorioso ideário do ANC de Mandela), acabaram assim trocadas pelas contidas ideias de ascensão social individual, segundo um modelo de luta calcado no que havia de mais aparente no comportamento de uma minoria negra, que reivindicava direitos civis nos EUA.

A mal disfarçada tentativa de criar aqui uma classe média negra, uma elite negra, uma casta de intermediários entre os milhões de negros pobres e a hegemonia branca – como se pode ver ainda hoje – claramente era (como o é ainda) totalmente improvável no contexto de uma população afro-descendente tão numerosa quanto tão meticulosamente segregada como a nossa.

Assim como uma maioria equivocadamente se julgando minoria, pensando como minoria (como se dava, por razões bem menos prosaicas em Varsóvia), esta minúscula liderança negra foi facilmente inviabilizada e corrompida, cooptada enfim como qualquer ‘panelinha’ social oportunista.

Pois foi assim que a Síndrome do Gueto, se apossando sorrateiramente daquelas nossas mentes mais vadias e românticas, que sonhavam em sozinhas chegar ‘lá’, nos levou a este deu no que deu.

O isolamento político de uma geração inteira de hoje maduros líderes negros que, animados naquela época pelas emocionantes palavras de ordem dasMarchas para Zumbi, se empenharam no vão intento de ser a antítese perfeita e acabada da esquerda ‘branca’, acabando mesmo como tributários subalternos das plataformas pretensamente esquerdistas do PT (e de outros partidos menores, também supostamente de esquerda) tendo que amargar hoje as lamúrias tardias de um ou outro líder-orixá caído na lama, dentre os poucos que…chegaram ‘‘.

Como, ao que supomos, ficou provado, não bastava mesmo ser negro e favelado.  Seja lá qual fosse a revolução de cada um, o dístico rebelde nunca poderia ser apagado:

_ ‘hay siempre que endurecerse sin perder a ternura – e a ética, a vergonha na cara – jamás.’

(Melancólicas e tardias constatações, reconheço. E é por isto que peço tempo. Depois o papo segue de onde parou, num outro post ou até onde esta penosa conversa nos levar.)

Spírito Santo
Abril 2010

(Hoje, 2019, infelizmente não consegui mudar uma vírgula)

4 respostas em “A Síndrome do Gueto

  1. Sugestão pra pensar o assunto: Albert Memmi e seu “Retrato do colonizado precedido pelo retrato do colonizador”; 1o e 2o capítulo de “Os condenados da terra”, de Frantz Fanon.

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  2. Caiu na rede é…fazer música, é revolucionário. Fazer instrumentos que geram músicas é evolucionário é dessa era.É o pluralizar automática e harmônicamente a humanidade em cada um. Um só spírito,sete bilhões de corpos.
    esquerda ,direita,centro, as fomes e as miisérias assim como a abundância, não tem conciência social,mas emocional.A vibração ,por simpatia constrói ou faz ruir…O relato soa e ressoa,em cada qual, no próprio tempo.É imprescindível o relato, prá demarcar as mudanças e as permanências no tempo, naqueles territórios mentais.Que permanecem vibrando, nas interpretações dos sambas,dos terreiros , dos relatos de tantos testemunhos das vivências de um transpor de Século.A ignorância gera o preconceito sobre a extensão do conhecimento sobre o outro, o de fora. Mas a música toca no indivíduo e no íntimo do ser vivo, sem preconceitos ou atitudes guetificantes.A sindrome do herói, nasce
    no gueto….até lá !

    neco

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