Joãozinho da Goméia chuta o balde

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Caboclos da Mata mais Candomblé d’Angola na espetacularização dos cultos afro no Brasil.

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  “…No topo da ladeira, onde havia ar fresco um jovem e bonito mulato enxugava constantemente o suor do rosto de oito mulheres em traje de sacerdotisa, cada qual com um jarro dourado ou prateado na cabeça e uma vassoura nova na mão… Observei com interesse o jovem pai.

Era conhecido pelos seus casos de amor com outros homens e pela sua incapacidade de manter disciplina entre as filhas do seu templo de caboclo. Tinha fama de ser dancarino maravilhoso e eu podia imagina-lo, pela sua figura leve e graciosa.

O rosto era bonito e agradável, mas não frágil, e a sua pele de mulato claro contrastava bem com a camisa-esporte azul-marinho que usava aberta ao peito . Atendia com solicitude as filhas, todas aparentando muito mais idade do que ele.

(Ruth Landes em seu livro “Cidade das Mulheres”)

João Alves de Torres Filho (“Pai João“, “Táta Londirá“, “Seu João da Pedra Preta”) um figuraça este Joãozinho da Goméia. Me lembro vagamente em criança da imagem dele, minha mãe, muito macumbeira nesta época adorava o homi-muié, caboclo de Iansã – vê se pode? – uma celebridade exótica nos pudicos anos 1960, sempre aparecendo nos jornais, no rádio e até na TV.

É que estou lendo agora, fissurado várias teses e livros sobre a censura imposta aos cultos religiosos africanos de tendência afro ameríndia (“caboclos”) e bantu (nkises, angola) pelos participantes do II Congresso Afro Brasileiro realizado em 1937 em Salvador, Bahia, um evento chave para se compreender a cultura do negro brasileiro hoje.

Incrível, mas enquanto lia, Joãozinho foi logo aparecendo, rebolando, se destacando esfuziante na sua viadagem articulada, roubando a cena dos empolados doutores do congresso.

Na ocasião, por razões ideológicas e políticas diversas, estudadas por poucos autores, um grupo de intelectuais presentes ao congresso (planejado por Arthur Ramos e Edison Carneiro) , numa ação articulada, liderada por Edison, ao fim dos trabalhos, decidiu organizar as principais casas de culto numa associação (União das Seitas Afro-Brasileiras) a partir da qual impuseram, oficialmente por meio de uma resolução formal, que o único culto a ser considerado puramente africano no Brasil, a partir de então, passaria a ser aquele de origem yorubana ou assemelhada,  ou seja, das linhas Ketu ou Nagô, uma distorção etonológica deletéria, de intenções políticas e acadêmicas bem medidas,  cujo impacto negativo no rumo dos estudos sobre a memória dos africanos no Brasil é incalculável, senão irreparável.

Pois é. Você sabia disto? Que o chamado mito da Supremacia Nagô (ou o “paradigma nagô“) foi criado em 1937…oficialmente?

(Digo isto assim, enfático só para que se saiba o diabo para quem trabalha.)

Desta resolução – que poderia ser considerada insidiosa hoje, a luz da moderna etnologia – além dos estudiosos brasileiros citados, próceres consagrados de nossa inteligentsia na época, participaram diretamente ou apoiaram tacitamente a insídia, logo depois, muitos doutores estrangeiros, promovendo verdadeiras romarias ou missões turístico-culturais á Salvador, fazendo residências acadêmicas nos terreiros mais badalados, todos “fazendo cabeça” e se tornando supostos iniciados, logo a partir do ano seguinte ao congresso.

Acorreram assim à Salvador respeitáveis estudiosos da antropologia norte americana mais que de ponta no mundo da época (os antropólogos da Europa, franceses, principalmente dirigiram-se para as ex-colônias francesas no Caribe, notadamente o Haiti, para estudar o Vudu) no momento em que os estudos acadêmicos pós coloniais sobre o negro e a África da Diáspora, se tornavam um must da nascente antropologia.

Entre outros para cá vieram então em corpo ou em ideias Melville Herskovits (participou com textos e cartas para Arthur Ramos), E. Franklin Frazier e Lorenzo Dow Tuner (negros), Donald Pierson (doutorando ainda em 1938) e Ruth Landes, uma bela mulher com quem – dizem os fuxicos – Edison Carneiro, além de diligente cicerone teve um “caso”.

(Ruth Landes – que era aluna de Ruth Benedicts, famosa antropóloga norte americana, e orientanda de Margareth Mead, outra bam bam bam do ramo – também seria patrulhada e censurada, mais tarde pelo mesmo grupo por conta de suas teses politicamente incorretas, ressaltando em seu livro maldito “ A Cidade das Mulheres” – “The City of Women“. Albuquerque, University of New Mexico Press, 1994) o caráter feminista da liderança das casas de culto de nação Ketu e trazendo a luz o tabu do homossexualismo nos terreiros que, segundo as más línguas se disseminava nas outras linhas de Candombléimpuro” (culto dos caboclos e as linhas de tendência bantu), mas já tomava, sempre enrustido, as demais linhas de Candomblé como um todo.

Era a invenção e oficialização deliberada do mito da supremacia – e da pureza – nagô, inaugurado por Nina Rodrigues no início do século 20 com a desqualificação rasa dos chamados bantu (angolanos, principalmente) em sua interessante vocação para o mimetismo socio cultural (a rápida adaptação ao meio ambiente, seja ele qual fosse), traço muito característico das culturas sucedâneas do antigo Reino do Kongo, ainda tão pouco estudadas no Brasil, exatamente por terem sido estigmatizadas e vilipendiadas por este culto acadêmico à uma suposta “pureza etnológica africana” tão vaga quanto improvável.

Nascia assim um neo-racismo sutil de pretos assim (‘africanos puros’) contra pretos assados (‘crioulos impuros’), insuflado, militantemente por cientistas sociais pretensamente progressistas, a maioria deles, curiosamente, brancos e estrangeiros.

Uma mistificação, um equívoco antropológico crasso, como se vê, artificialmente criado sob a injunção direta da Academia, numa tendência (até hoje não revista de todo) que discrimina e desclassifica como ilegítima toda a cultura africana de fora deste gueto elitista dos gatos pingados pseudo yorubanos.

Ou seja: Discrimina-se a maioria num maquiavelismo sutil.

Um pouco mais tarde (meados da década de 1940) embora já estudasse o negro desde o fim dos anos 1930, influenciado pelos precursores citados, o incensado Gilberto Freire e, mais adiante (década 1960) até mesmo o monstro sagrado Roger Bastide, seguiram e reafirmaram em seus livros esta insidiosa tese racista, contaminando indelevelmente as ciências sociais brasileiras, no que diz respeito ao trato do africano e da extensão de sua cultura no Brasil

“…São três os principais argumentos que explicam (para Bastide) o caráter degenerado do culto na cidade (Rio de Janeiro) , considerado como “macumba”. O primeiro argumento é o da maior presença de negros de origem banto no Rio de Janeiro.

Influenciado pelas obras de Nina Rodrigues e Edson Carneiro, Bastide aceita a ideia de que os negros bantos não conseguiram resistir e preservar suas crenças religiosas, ao contrario dos negros baianos, de etnia “nago”, que teriam, através da preservação de uma memoria coletiva ancestral, preservado suas praticas religiosas intactas.”

(Elisabeth Castelano Gama, 2012)

Tudo falso ou tendencioso. Teses forjadas a partir de premissas ideológicas equivocadas. Falsa ciência, portanto. Mero arrazoado de preconceitos.

E o que o Joãozinho tem a ver com isto? Tudo!

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 “[…] Há um simpático e jovem pai Congo, chamado João, que quase nada sabe e que ninguém leva a sério, nem mesmo as suas filhas-de-santo, como se chamam em geral as sacerdotisas; mas é um excelente dançarino e tem certo encanto. Todos sabem que é homossexual, pois espicha os cabelos compridos e duros e isso é blasfemo.”

(Edison Carneiro descrevendo Joãozinho da Goméia para Ruth Landes em 1938

Joãozinho da Goméia (de “Rua da Goméia“, em São Caetano, Bahia onde instalou seu primeiro terreiro, que por sua vez nos remete à “Daomé“, antigo nome do Reino do Benin) vou descobrindo agora lendo e lendo, objeto de algumas poucas desconhecidas outras teses e dissertações de mestrandos e doutorandos de pouco ou nenhum renome (entre estes recomendo, fortemente Elisabeth Castelano Gama), é um dos personagens mais paradigmáticos deste enredo eletrizante, que marca o processo de atração e rejeição, desejo e desprezo, menosprezo enfim, da intelectualidade branca e europeia em particular, pela cultura africana, no ensejo talvez de domá-la, controlá-la, torná-la subalterna, no fundo no fundo por puro temor de doutores pequeno burgueses, empurrados pela consciência pesando no lombo ainda escravista.

Na aparência desse medo oculto, a pretensão colonialista de escravizar até o simbólico, até as almas dos africanos, impedidas de se expressarem aqui como realmente são: Humanas, dinâmicas, universais como as almas de toda a gente do mundo.

Ô pobreza antropológica “de ponta” pra inglês ver! Ô insídia colonial! Que trabalheira vai dar limpar toda esta sujeira conceitual.

Sem nos esquecermos de que o agente principal de toda esta tendência afro-purista foi o negro Edison Carneiro, cicerone de Ruth Landes (Arthur Ramos, também responsável, correspondia-se com Herskovits na época e o recepcionou no Brasil logo no início da década seguinte) , seguidor fiel de Nina Rodrigues (o precursor, o mestre guru de todos). Acho surpreendente que semelhante tendência de trato claramente racista tenha sobrevivido até hoje e com tanta força nas ciências sociais do Brasil.

“Este camarada “João da Pedra Preta” Que moleque vergonhoso. Seus antepassados, o que eles sabem? Eles se criaram na seita e deixaram cargo pra ele? Não, ele veio do sertão e começou um candomblé. Pega um pouco de jeje, um pouco de nago, um pouco de congo, um pouco de caboclo e assim por diante. Uma mistura vergonhosa”.

(Donald Pierson, do grupo de norte americanos que estudou Candomblé em Salvador, desqualificando Joãozinho da Goméia no fim da década de 1930, citando depoimento de um “anônimo” no livro ‘Brancos e pretos na Bahia” )

Corria os anos 1960 quando Roger Bastide conhece Joãozinho, já famoso como o “Rei do Candomblé” no Rio de Janeiro, para onde se transferiu em 1947, meio no fluxo de muitos migrantes baianos que para cá vieram, meio fugindo da forte censura yorubaiana contra a sua iconoclastia bantu-ameríndia. Antes disso, já no Rio, Joãozinho da Goméia havia sido obrigado a se bater, de novo, contra uma censura oficializante inversa: a invenção no Rio de Janeiro de uma linha de umbanda “branca“, que passava a se aproximar mais do espiritismo kardecista, se afastando do traço “bárbaro” dos cultos afro-negros, para ser mais popular nas altas rodas, melhor aceita pela elite.

(Joãozinho, na verdade, como se viu, era um umbandista tradicional, que seguia a linha do culto dos caboclos imiscuído ao culto angolano dos “nkises“, aos quais ele pincelou, espertamente, aspectos do candomblé clássico, sendo ele mesmo “feito” para ser cavalo do “Caboclo Pedra Preta“, mas ao mesmo tempo, “filho de Iansã“.)

Aliás, este hibridismo entre “nkises” angolanos e caboclos ameríndios, muito intenso na década de 1930 naquela Bahia meio indígena pataxó, de tão forte e orgânica que é, até hoje, precisa ser melhor estudado. Esta hipótese rasa do caráter espúrio desta simbiose é racista e, me parece que, do ponto de vista antropológico deve ser totalmente questionável, inaceitável até.

Ouçam aqui, aliás, “Pavão“, um curioso ponto de caboclo de umbanda cantado por Joãozinho da Goméia. Observem o contraste delicioso entre a brejeirice maravilhosa da melodia numa escala pentatônica bantu/angolana (ou  ameríndia, sei lá) e a imponência meio épica, solene da base rítmica de candomblé ketu (toque “Ilu de Iansã“, me parece) imprimida na base.

Pavão (ponto de Umbanda)

“O pavão é um “pásso” (pássaro) bonito
O pavão é um “pásso” bonito
Com suas penas dourada
daquelas que é mais formosa
Que lá na aldeia os cabôco goza
Que lá na aldeia os cabôco goza…”

Observem também ouvindo este outro no link do Youtube abaixo, o delicioso “Bombogira” (“Pomba Gira” para os íntimos), com o acento da melodia e da percussão, claramente bantu (angolana, por suposto), a raiz da rítmica do Samba de Fato (“De Roda”) fluindo solta.

Mesmo assim desprezado e invejado, com alguma certeza (são poucas ainda as fontes fidedignas) Joãozinho da Goméia foi o principal responsável pela espetacularização ou glamurização do Candomblé moderno, criando para a então seita, uma dramaturgia, um figurino e uma coreografia.

(Não esqueçamos de que foi ele, Joãozinho quem passou para a provável inventora da “Dança Afro Mercedes Batista – como passou também para a interessante bailarina Eros Volúsia, rival branca de Mercedes – elementos de uma suposta “dança dos orixás“, com passos, provavelmente criados ou sistematizados por ele mesmo, teatralizando enfim o culto e dando-lhe no aspecto cenográfico (no campo estrito das aparências), um status de religião “avançada“, organizada que, absolutamente o Candomblé não tinha antes da década de 1930)

“…João volta a cidade (do Rio) em 1947 (depois de ter sido expulso por Vargas em 1943) a convite do jornalista Orlando Pimentel, que o apresentara ao empresario J. Rollas, sendo, assim, contratado como coreografo para mostrar nos palcos do Cassino da Urca seu exotismo de bailarino de danças afro.

Dessa forma, a vinda de João não é narrada pelo autor a partir de motivos religiosos. João veio como bailarino. Não fica claro no texto de Peralta nem no livreto de Paulo Siqueira o que ocorreu para que seu trabalho como bailarino nao tenha se sobressaido ou dado certo, e o que o levou a abrir um terreiro em Caxias.”

(Elisabeth Castelano Gama, “Mulato, homossexual e macumbeiro: que rei é este? Trajetoria de Joao da Goméia (1914-1971)

Mas isto é um assunto muito sério e complexo para um post de internet só. Quer saber mais sobre isto? Leia este post linkado  A guerra, a academia e a impureza nagô“.

Chutando o pau da barraca, com vocês então….:

O caso “Arlete”

Um “Pai de Santo” viado dá bananas para os puristas cínicos.

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“Apesar de desfilar todos os anos no carnaval carioca, foi em 1956 que a irreverência de João despertou a ira de Umbandistas e a curiosidade dos jornais cariocas. Tudo por conta de “Arlete” (e não “Odete” como apreceu em um jornal da época). Conta-nos sobre o episódio uma filha de João, não identificada, em relato a Andrea Nascimento:

“O baile do Teatro João Caetano era de travestis, um ultraje para a época, resultando em um enorme escândalo, como poderia um chefe de culto afro-brasileiro cometer tamanha audácia desafiando toda uma estrutura de sobriedade que assumiam os pais e mães de santo do candomblé. No candomblé, aliás, não tinha muita aceitação um escândalo que envolvessem pessoas do culto.

A audácia de Joãozinho lhe renderia fortes dores de cabeça com a Associação de Candomblé da época que exigiam a sua imediata expulsão, com o apoio de mães de santo tradicionais de Salvador como Mãe Menininha do Gantois com a qual fez as pazes mais tarde.”

(João, se defendendo:)

“Eu não consigo me imaginar atualmente como apenas um elemento à parte do cenario afro-brasileiro, se o candomblé assumiu uma postura de espetáculo de luz e cores foi graças a minha roça da Goméia, nao posso acreditar que digam que eu desmoralizo ou desmoralizei o candomblé apenas por gostar de enfeitar meus orixás, ou brincar no carnaval, afinal estou vivo e se cheguei até aqui foi graças a minha personalidade e autenticidade, mas pelo menos tenho uma recompensa perante todo este bafafá, ocupei o meu lugar no mundo e quem estiver incomodado que venha falar comigo, afinal sou ou não sou o Rei do Candomblé.”

(Extraido de artigo de Andréa Nascimento)

-Você não acha que a sua fantasia de vedeta se choca com os regulamentos do Candomblé?

– De nenhuma maneira, meu amigo. Primeiro, porque antes de brincar eu pedi licenca ao meu ‘guia’. Segundo porque o fato de eu ter me fantasiado de mulher nao implica em desrespeito ao meu culto, que é uma Suíça de democracia. Os Orixás sabem que a gente é feito de carne e osso e toleram, superiormente, as inerências da nossa condição humana, desde que não abusemos do livre arbítrio.

– Você esta falando difícil, disse o repórter.

-Você esta pensando que babalaô tem de ser analfabeto?

(Entrevista de Joãozinho da Goméia à revista “O Cruzeiro” em 1956)

O fato é que não conseguiram dobrar a crista nem quebrar a larga veia artística de Joãozinho que, mesmo preterido e insensibilizado pelos doutores, subestimado até hoje como tabu a ser omitido nas lides do Candomblé mais oficial, morreu celebridade adorada, aclamada por uma multidão no enterro em Caxias, RJ. em 19 de Março de 1971.

Os narizes torcidos fingiram que não viram. Só mesmo um Joãozinho da Goméia, para derrubar o cavalo deles.

_”Chuta o balde, Joãozinho!”

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O papo promete (viram só?…venceu até a relativa e eventual  homofobia desse autor ). Com certeza voltarei a este tema qualquer dia desses, amarradão.

Spirito Santo
Agosto 2014

7 respostas em “Joãozinho da Goméia chuta o balde

  1. Personalidades únicas, Joãozinho da Goméia e Spirito Santo. Ambos são sempre capazes de chutar todos os baldes que aparecerem. Assim estão conectado aos-às Deuses e Deusas, que garantem nossas liberdades e condição humana. Bom demais viver num tempo e ser amigo de gente assim!!!

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  2. Mi emocionei ao ler parcialmente sua historia. Ele é Meu conterrâneo. Minha familia é de Ianhambupe.
    Meu avo mi falou pessoalmente, que seu pai Meu bisavô ten um grau de parentesco com Joâosinho da goméa.
    E isso pra mim é uma Grande honra.
    Tbm sou do axé.

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  3. aderei a história de o grande babalorixia joãzinho da goméia, eu já escutava já falar dele mas não tive o prazer de conhecer, porque eu não era nascida. porque vocês não faz um filme de joãozinho da gomeía. um grande abraço da produção dessa história

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  4. Joãozinho não só foi, como ainda é presença marcante na cultura afro-brasileira, sua história é sinônimo de resistência e luta contra o racismo e o preconceito. Sua memória se faz presente na ritualização dos orixás, e principalmente no diálogo entre nossas matizes afro-ameríndias vivas em nós. Salve Pai Joãozinho da Goméia!!!

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  5. Viva o pai maior Jaozin, hoje na Bahia sua forca ecoa no Terreiro São Jorge Da Gomeia, fundado por Mãe Mirinha de Portão, iniciada por JaoZinho Da Gomeia. Nos dias de hoje sua neta Mameto Kamurici Lúcia Neves é a
    Ialorixá deste terreiro sagrado. seu canto JaoZinho , seu sonho, suas inquises e principalmente seus ensinamentos permanecem vivos.

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  6. Foi um presente dos Deuses, Joãozinho da Goméia fez parte da minha infância na minha querida Ilhéus.

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